SEMANA 4/ ECS 6 - WEBER II

Participei do FORUM sobre Durkheim, Weber, Marx, lendo critica e atentamente a reflexão dos colegas e postando a minha.
Educar as crianças de uma sociedade é função de todos: família e escola. Cada um fazendo aquilo que lhe compete com responsabilidade e seriedade, formando uma rede de trabalho para alcançarmos a melhoria de nossa sociedade, porque transformando-a para melhor, consequentemente estaremos viabilizando um vida melhor para todos. Muitos chegamos a esse concenso nesse forum. Não é somente função do professor. Porém, somos nós professores quem estamos formando opiniões com um grupo de crianças, promovendo debates, alinhavando posturas políticas e sociais em aula e fora dela, estamos muito perto das crianças. Eles nos amam, nos observam, nos avaliam, discutem e refletem conosco. Aí é que reside a nossa responsabilidade e o nosso "poder". Mesmo que o professor seja o mediador, o facilitador, o orientador no processo de ensino-aprendizagem, ele não é o único. Através desse forum refleti muito sobre isso e foi muito tranquilizante fundamentar essa certeza. Acredito que as escolas acharão meios de auxiliar as famílias nesse processo. Muitas coisas tem sido feitas nesse aspecto: palestras com psicólogas, visitas de turmas a casa de colegas, mobilização de turmas para ajudarem colegas, escola aberta para as comunidades, palestras com médicos e outros profissionais, tudo visando auxiliar as famílias a se organizarem, a se estruturarem,... Confio nos meios que a escola encontrará para ajudar as famílias perdidas a se entrelaçarem nessa rede de construção de um boa sociedade para todos.

SITUAÇÃO 1- VIVIDA NO MEU LOCAL DE TRABALHO:

Nossa escola, reelegeu a atual diretora no recente pleito realizado no dia 18 de outubro do corrente ano. Foi um processo legal e tranqüilo. Não havia outro candidato concorrendo ao cargo. Nossa diretora tem formação em Pedagogia (Administração Escolar) e Pós-Graduação em Psicopedagogia. É competente, moderna e, muito importante, tem experiência com sala de aula. Cobra e defende um trabalho efetivo para a construção do conhecimento da criança. Garante na escola um processo democrático de avaliação, onde todos os segmentos são ouvidos e avaliados. "Dá a cara à tapa". Procura administrar a escola, visando o bem comum e não questões pessoais de privilégios e favores. Não acho que tenha carisma, mas é um profissional sério, que sabe o que está fazendo.

SITUAÇÃO 2- TAMBÉM VIVIDA NO MEU LOCAL DE TRABALHO:

Em minha escola houve em maio a necessidade de , por motivo de doença na família, trocar a professora de uma das três primeiras séries. Os alunos (alguns) tinham apresentado dificuldades de adaptarem-se à rotina escolar já no pré. A primeira professora não conseguia relacionar-se bem com esses pais (alguns), também não conseguia desenvolver um trabalho apropriado. Veio, então, uma nova professora. Psicopedagoga. Atuante. Era exigente, cobrando produção e resultados dos alunos. Pronto. Esses mesmos pais, não aceitaram. Diziam:"Coitadinhos!" "Tão pequenininhos!" "A outra prô era mais light com eles!"Não são todos os alunos, mas uma boa parte não reliza as tarefas, conversa o tempo todo ou briga... Tudo como se a primeira série fosse um eterno pré. A equipe diretiva e pedagógica, após processo avaliativo onde todos foram ouvidos, promoveu reniões com esses pais, professora, Diretora, Supervisora e Orientadora Educacional e duas psicólogas. Foi constatado que esses pais rejeitam a professora. Assim reagindo, não ajudam seus filhos a formarem um vínculo aluno/professor que é tão importante para ajudar o sucesso no processo de alfabetização de seus filhos e pior ainda, usam seu poder sobre seus filhos para desautorizar o professor em sala de aula. A professora é educada no trato com os pais, faz um bom trabalho . Com essa imatura relação de poder, esses pais não enxergam que os maiores prejudicados são seus filhos.

*A foto que enfeita essa postagem traz meus alunos na peça teatral "Negrinho do Pastoreio" . Essa lenda mostra claramente a dominação tradicional na época, da qual muito nos envergonha, da escravidão.